chão crespo

não há arado que corte
o vínculo torcido
dos campos áridos

ninguém os morde

senão o sol

nem o tambor dos chispes
a ira dos passos
os braços que narram
bocas sem milho
a um santo deprimido

só a nuvem de açude
pode roubar ao sol
a tirania
que tranca a porta do celeiro

ferool

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