aos crentes eu pergunto
porquê
e eles respondem
porque não
vice-versa para os ateístas
da parte dos crédulos
de que falamos
do homem deus
do deus homem
que nos associa
e nos dissocia
para isso nasceu a serpente
que arrasta o rabo até à cabeça
na tentativa dum bate-boca
sem avaliar a razão
o rabo pensa
e a cabeça foge
a cabeça pensa
e o rabo contesta
o bicho enrola-se num circulo duvidoso
e adormece na sombra da questão
a ciência humana teoriza
com ais de sim
de não
e um gemido de porém
se a serpente se engolisse
esvaziaria a terrível questão
a crença e a descrença
são
uma corda
com um nó
que não ata nem desata
um nó gordão
ferool
1 comentário:
Muito original este poema...
Um abraço para si
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