as memórias da água

a água doce é gráfica de coordenação
o mar é biblioteca da ciência universal
os riachos gorjeiam na alegria do desaguo
prenhes de capítulos para o livro comum

o rio acolhe os afluentes no cicio do efuso
extirpa-lhes o cansaço da longada
lê os compêndios de cada agregado
e todos abrangentes correm para o mar

só doce caudal lenda idónea
são aceites no leito moderador
aqui e além evaporam-se sinopses fátuas
escoam-se nas pedras letras de troco

os riachos escrevem no rio o titulo
que o mar acolhe como novela
a leitura permanece na estante do tempo
ante de se esfumar para o oriente

ferool

1 comentário:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

as memórias da água
o rio acolhe os afluentes no cicio do efuso
extirpa-lhes o cansaço da longada
lê os compêndios de cada agregado
e todos abrangentes correm para o mar.
FERNANDO, que estrofe linda, você certamente estava sentindo este rio nas tuas artérias, onde o sangue corria como uma corredeira poética.
Eu coloquei um link ao blog, e tudo que é postado eu recebo uma mensagem ao meu perfil, assim vou acompanhando todas as postagens recentes.
Meus cumprimentos,
Efigênia Coutinho
Presidente Fundadora
AVSPE
www.avspe.eti.br/