a boda nos campos abertos

corremos os dois nos campos
livres como o beija-flor
o roubo dum beijo no quedo do descanso
os toques de boca

corremos em afinidade
para o carinhoso abraço do amor
piruetas de cabritos êxtase de espera
na procura da toca

os risos enchiam o ar de rumores odorosos e cristalinos
a primavera reveio para as tuas descalças
coxas-de-freira

o vento nos teus cabelos assobiava
celestes e louros hinos
e o amor aconteceu no chão selvagem
exaltada fogueira

depois caminhamos alegres como as abelhas
planando
de mãos amarradas
que bamboavam de contentamento

um dos teus seios revoltou-se e saiu da blusa
dançando
convite sumo erótico
sol que não se esquiva ao amamento

os teus olhos faiscavam tanta graça
tanto meneio loureiro
que o azul do céu tremeu de ciúmes
e virou cúpula de cera

trovões que amas chegaram envoltos em gotas de chuveiro
braços envoltos fugimos para o ninho
nossa casa sincera

ferool

1 comentário:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

a boda nos campos abertos
corremos os dois nos campos
livres como o beija-flor
o roubo dum beijo no quedo do descanso
os toques de boca

corremos em afinidade
para o carinhoso abraço do amor
piruetas de cabritos êxtase de espera
na procura da toca .

Num domingo que vai tomando corpo ao universo, cheio de muito sol, ler voc6e torna-se ainda mais perfeito. Ao destaque acima de seus versos,
Efigênia Coutinho
Presidente Fundadora
AVSPE www.avspe.eti.br/